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São Paulo,16/09/2024

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A Luta Contra a Fome: A Realidade de Leonor Pires e o Papel dos Municípios

Como as prefeituras podem enfrentar a insegurança alimentar e apoiar os mais vulneráveis

Agência Paparazzi Brasil
A Luta Contra a Fome: A Realidade de Leonor Pires e o Papel dos Municípios Agência Paparazzi Brasil

Leonor Pires Faria, uma aposentada de 67 anos que vive em uma favela na região metropolitana do Rio de Janeiro, enfrenta grandes dificuldades para sustentar suas três netas, com idades entre 9 e 13 anos. Com um salário mínimo mensal, Leonor luta para prover o básico, incluindo a alimentação de sua família. "É muito difícil. Tem dia que dá para levar legal, mas tem dia que é muito difícil. Se minhas netas tivessem direito ao Bolsa Família, já ajudaria muito", afirma Leonor, que já tentou acessar o benefício pelo Centro de Referência da Assistência Social (Cras), mas foi informada de que suas netas não tinham direito devido à sua condição de aposentada.

Sem recursos suficientes, Leonor recorre a uma ONG local para conseguir alimentos. "O município deveria ajudar quem precisa, fazendo um levantamento de quem precisa e quem não precisa", diz ela.

De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 21,6 milhões de lares no Brasil enfrentavam insegurança alimentar em 2023, e 7,4 milhões desses tinham uma situação moderada ou grave, com redução na quantidade de alimentos consumidos.

Prefeitos e vereadores eleitos para o novo mandato que começa em 1º de janeiro de 2025 enfrentarão o desafio de combater a fome e garantir a segurança alimentar. Eduardo Lúcio dos Santos, fundador do Projeto União Solidária, defende políticas públicas mais eficazes para combater a fome e colaborar com ONGs. "Com a colaboração do município e a máquina pública, poderíamos ter uma cidade mais humana, menos violenta e sem pessoas passando fome", sugere Santos.

Kiko Afonso, diretor executivo da Ação da Cidadania, uma das ONGs mais conhecidas no combate à fome, destaca o papel crucial das prefeituras. "Os Cras são a porta de entrada para os programas públicos, mas muitas prefeituras desvalorizam essas unidades, o que prejudica o atendimento e o cadastro de beneficiários", explica Afonso.

A Ação da Cidadania também se concentra no papel das prefeituras no Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae). "Infelizmente, não é raro ver escolas oferecendo alimentação inadequada. As prefeituras precisam garantir a qualidade da merenda escolar", acrescenta.

Juliana Lignani, professora da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), explica que os municípios são essenciais no combate à fome, pois estão mais próximos da população e podem abordar questões específicas como a produção de alimentos e a acessibilidade. "Os conselhos municipais de Segurança Alimentar são cruciais para entender e mapear a insegurança alimentar local", afirma Lignani.

Por fim, Kiko Afonso ressalta a importância dos vereadores na criação de conselhos de Segurança Alimentar e na aprovação de legislações e recursos para o combate à fome. "O papel da prefeitura é essencial para que os programas cheguem efetivamente à população", conclui.


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