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São Paulo,16/09/2024

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Cícero Nobre e o Desafio de 2024

Medalhista Paralímpico Equilibra Treinos e Paternidade em Ano de Conquistas

Agência Paparazzi Brasil
Cícero Nobre e o Desafio de 2024 Agência Paparazzi Brasil

O ano de 2024 seria especial para Cícero Nobre mesmo sem a expectativa de uma Paralimpíada. Ele e sua esposa, Nathália Almeida, aguardam ansiosamente o nascimento de seu primeiro filho, Levi. E o pequeno, que ainda está na barriga da mãe, já tem um presente garantido: a medalha de bronze que seu pai conquistou nos Jogos de Paris, na prova do lançamento do dardo, classe F53 (atletas que competem sentados).

"Agora não existem mais o Cícero ou a Nathália, mas sim o pai e a mãe do Levi [risos]", brincou o paraibano durante uma entrevista à Agência Paparazzi Brasil na Casa Brasil Paralímpico, localizada em Saint-Ouen, na região metropolitana de Paris.

Mesmo antes de nascer, Levi teve um papel crucial na conquista de Cícero, alcançada na noite do último sábado (31), durante a competição realizada no Stade de France, em Saint-Denis. O atleta conta que, no Dia dos Pais, recebeu de sua esposa um chaveiro com a foto do ultrassom do filho. No dia da prova, ele beijou a foto ao acordar. "Quando minha esposa acordou no Brasil, disse que, durante a madrugada, Levi não parava de se mexer, o que nunca havia acontecido antes. Na hora da prova, um colega de Cabo Verde mencionou que o quarto lançamento, o que me rendeu o bronze, seria para meu filho. Fico até arrepiado", relatou Cícero emocionado.

Nos últimos dois anos, com a chegada iminente de Levi, Cícero mudou profundamente sua forma de pensar e agir. "Talvez, se fosse há três ou quatro anos, eu não teria a cabeça que tive na minha prova. Creio que ele já está vindo para me ensinar a dosar as coisas", refletiu o atleta, que nasceu com má-formação congênita bilateral nos pés.






 

Agora, Cícero se prepara para equilibrar a rotina de atleta e pai, com os olhos na Paralimpíada de Los Angeles, em 2028. E ele não quer estar sozinho nessa jornada. Nathália, também atleta paralímpica, compete no arremesso de peso e lançamento de dardo. Em 2014, ela perdeu a perna esquerda em um acidente automobilístico. "Estamos nos programando para, quando Levi tiver seis meses, ela já viajar para São Paulo e competir. Nathália sonha em integrar a seleção de atletismo e competir em grandes eventos como os Jogos Parapan-Americanos, o Mundial ou até uma Paralimpíada. Vamos trabalhar duro para isso, e Levi estará com a gente nessa jornada", declarou Cícero confiante.

No lançamento de dardo paralímpico, os atletas que competem sentados utilizam uma cadeira individual, da qual não podem se erguer, sob pena de terem o lançamento invalidado. Durante a prova em Paris, Cícero teve duas de suas seis tentativas consideradas válidas. A primeira lhe garantiu o bronze, e a segunda o deixou perto da prata.

"Fiquei um pouco frustrado porque participei de competições mundiais na França e no Japão, onde fui campeão, lançando da mesma forma, e nunca tive problemas com queimas. Mas o resultado foi esse, e a sensação de ter sido prejudicado não muda nada. Agora é virar a chave, treinar duro para o próximo ciclo de quatro anos, e estar ainda mais preparado para qualquer adversidade", concluiu o paraibano.



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