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São Paulo,16/09/2024

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OMS Coordena Vacinação Contra Pólio em Gaza

Insegurança e Conflitos Ameaçam Campanha de Imunização

Agência Paparazzi Brasil
OMS Coordena Vacinação Contra Pólio em Gaza Agência Paparazzi Brasil

Uma campanha de vacinação contra a poliomielite na Faixa de Gaza deve começar no próximo domingo (1º), desde que as pausas humanitárias anunciadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS) sejam cumpridas por Israel e pelo grupo palestino Hamas. A meta é alcançar 90% de cobertura vacinal em duas rodadas, cada uma prevista para durar três dias. No entanto, o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, alerta que esse prazo pode ser insuficiente, dado o cenário de insegurança, estradas danificadas e deslocamento de populações.

Durante uma entrevista coletiva, Tedros destacou a importância de proteger as equipes de saúde para que possam conduzir a vacinação com segurança. A OMS, em parceria com o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), espera imunizar cerca de 640 mil crianças com menos de 10 anos na região. A campanha terá início no centro de Gaza, seguindo para o sul e, por fim, para o norte. “Pausas humanitárias são essenciais, mas o melhor remédio para garantir o bem-estar das crianças de Gaza é a paz”, afirmou Tedros.

Caso Confirmado:
Na semana passada, a OMS confirmou o primeiro caso de pólio na Faixa de Gaza em 25 anos. Um bebê de 10 meses, residente em Deir al-Balah, foi diagnosticado com o vírus após desenvolver paralisia na perna esquerda. O sequenciamento genômico do vírus mostrou ligação com uma variante do poliovírus tipo 2, detectada anteriormente em amostras ambientais coletadas em junho.

Trégua Humanitária:
A OMS e o Unicef pediram uma trégua humanitária em Gaza para facilitar a vacinação. A pausa nos combates permitiria que crianças e famílias se deslocassem com segurança para unidades de saúde e que agentes comunitários alcançassem crianças em áreas remotas. Sem essas pausas, a realização da campanha de vacinação será comprometida.

Entenda:
O poliovírus foi detectado em junho, em amostras ambientais na Faixa de Gaza. Desde então, três crianças apresentaram paralisia flácida aguda, sintoma típico da pólio. A OMS reforça a necessidade de garantir o transporte das doses e dos equipamentos de refrigeração em todas as etapas para que a campanha ocorra conforme planejado. Ao todo, 2,7 mil profissionais de saúde foram mobilizados para alcançar uma cobertura vacinal mínima de 90% durante cada rodada da campanha.

Risco:
Antes da escalada dos conflitos, Gaza mantinha uma boa cobertura vacinal. Contudo, a vacinação de rotina foi severamente afetada, com a cobertura da segunda dose da vacina contra a pólio caindo de 99% em 2022 para menos de 90% em 2023 e no início de 2024. A OMS alerta que o risco de disseminação do vírus, tanto dentro da Faixa de Gaza quanto internacionalmente, permanece elevado devido às lacunas na imunidade das crianças, provocadas por interrupções na vacinação de rotina, sistemas de saúde precários, e danos graves aos sistemas de água e saneamento.

Além da pólio, há um aumento do risco de outras doenças preveníveis por vacinação, como o sarampo, além de diarreias, infecções respiratórias agudas, hepatite A e doenças de pele, especialmente entre as crianças.


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