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São Paulo,18/09/2024

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Desempenho e Sustentabilidade dos Hospitais Filantrópicos em 2023

Impacto da Rede Filantrópica no Sistema Único de Saúde

Agência Paparazzi Brasil
Desempenho e Sustentabilidade dos Hospitais Filantrópicos em 2023 Agência Paparazzi Brasil

Dados levantados pela Confederação das Santas Casas de Misericórdia, Hospitais e Entidades Filantrópicas (CMB) revelam que, em 2023, as internações de alta complexidade realizadas pelo setor filantrópico representaram 61,33% do total. A rede pública respondeu por 27,94% e a rede privada, por 10,73%.

No Brasil, há 1.814 hospitais filantrópicos que disponibilizam 184.328 leitos, dos quais 129.650 são destinados ao Sistema Único de Saúde (SUS). Em 800 municípios brasileiros, a assistência hospitalar é realizada exclusivamente por essas instituições, que garantem empregos para mais de 1 milhão de pessoas.

O levantamento de 2023 também destaca que os hospitais filantrópicos foram responsáveis por 67% dos atendimentos em oncologia e 65% das cirurgias de cardiologia. Além disso, realizaram 60% das cirurgias eletivas de alta complexidade. Estes hospitais desempenharam um papel crucial em quase 70% dos procedimentos de transplante de órgãos, 68% dos transplantes de medula óssea e 62% dos transplantes de tecidos e células.

Mirocles Véras, presidente da CMB, ressalta: "A rede hospitalar filantrópica é a base do SUS. Esses números não são apenas estatísticos; representam vidas salvas e a dedicação de milhares de profissionais comprometidos com a saúde e o bem-estar da nossa população. Estamos orgulhosos de nosso papel e comprometidos a melhorar continuamente a qualidade e eficiência do atendimento à saúde no Brasil."

Véras enfatiza a importância da sustentabilidade dessas instituições, considerando que 30% do sistema de saúde está sob responsabilidade dos estados, municípios e rede privada. O foco atual da CMB é garantir a sustentabilidade dos hospitais filantrópicos, apesar dos desafios financeiros impostos pela defasagem da tabela do SUS, que resulta em um subfinanciamento de 60%.

Para enfrentar esses desafios, as instituições recorrem a doações, emendas parlamentares e empréstimos bancários. Embora necessários, esses recursos podem acarretar desafios financeiros adicionais.

“A sustentabilidade financeira é uma prioridade, mas também estamos focados na qualificação da nossa rede. Estabelecemos parcerias com a Universidade de São Camilo para qualificar provedores e colaboradores dos nossos hospitais com doutorados e cursos de especialização, permitindo maior controle de custos e gestão”, afirma Véras.

Ele ainda menciona a Lei nº 14.820/24, sancionada no início deste ano, que garante a revisão anual dos valores de remuneração dos serviços prestados ao SUS. As instituições aguardam a regulamentação da lei.

“Uma melhor remuneração poderia aumentar o número de atendimentos. Atualmente, alguns hospitais reduzem o atendimento não por escolha, mas pela necessidade de manter suas operações. Não estamos buscando lucro, mas sim sustentabilidade e equilíbrio nos contratos, o que permitirá um planejamento eficaz, expansão de leitos, aquisição de equipamentos e aumento do pessoal”, conclui Véras.


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