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São Paulo,19/09/2024

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Desafios e Iniciativas para Melhorar a Educação na Adolescência

O Seminário Internacional e as Novas Estratégias para Garantir Qualidade na Educação

Agência Paparazzi Brasil
Desafios e Iniciativas para Melhorar a Educação na Adolescência Agência Paparazzi Brasil

O Brasil está cada vez mais focado em um período crítico da educação: os anos finais do ensino fundamental, que abrangem do 6º ao 9º ano e são cursados por alunos de 11 a 14 anos. Este é um momento crucial, marcado pela transição para a adolescência e por mudanças significativas na vida dos estudantes, que frequentemente passam para escolas maiores e enfrentam desafios de aprendizagem mais complexos. Este período é determinante para a conclusão bem-sucedida dos estudos até o ensino médio.

O Seminário Internacional “Construindo uma Escola para as Adolescências”, realizado no Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) e transmitido online, abordou como o Brasil e outros países estão enfrentando a garantia de uma educação de qualidade e as estratégias para combater a reprovação e o abandono escolar.

A coordenadora Executiva Adjunta da ONG Ação Educativa, Edneia Gonçalves, ressaltou a importância da escola na redução das desigualdades. “A função social da escola é garantir a todas as pessoas uma trajetória escolar que produza aprendizagens significativas. No entanto, isso não é simples”, afirmou. Dados mostram que a reprovação e o abandono escolar afetam desproporcionalmente os brasileiros mais vulneráveis.

Júlia Ribeiro, do Unicef Brasil, destacou que as populações preta, parda, indígena, quilombola e as pessoas com deficiência apresentam maiores taxas de abandono escolar comparadas à população branca. “É essencial contrariar a ideia de que a vulnerabilidade leva inevitavelmente à reprovação e ao abandono escolar”, enfatizou Ribeiro.

Em julho deste ano, o governo federal lançou o Programa Escola das Adolescências, visando conectar as propostas educacionais com a realidade dos jovens brasileiros, promovendo um ambiente acolhedor e melhorando o acesso e o progresso educacional. O programa inclui apoio técnico-pedagógico e financeiro, além de guias temáticos e incentivos para escolas baseadas em critérios socioeconômicos e étnico-raciais.

Comparação Internacional

Durante o seminário, foi apresentado o estudo “Diálogos Políticos em Foco para o Brasil - Insights Internacionais para Fortalecer a Resiliência e a Capacidade de Resposta no Ensino Secundário Inferior”, realizado pela OCDE e Fundação Itaú Social. A pesquisa compara o cenário educacional brasileiro com o de outros países e apresenta práticas bem-sucedidas.

Os dados da pesquisa revelam que nenhum país da OCDE, incluindo o Brasil, atende simultaneamente a três indicadores importantes para um bom desempenho escolar: senso de pertencimento, clima disciplinar e apoio docente. O Brasil se destaca negativamente em relação ao senso de pertencimento e ao clima disciplinar nas escolas.

O estudo sugere práticas como a inclusão regular dos estudantes na elaboração de políticas públicas e a criação de um ambiente escolar que os motive a permanecer. Além disso, recomenda-se construir pontes entre diferentes fases da educação e fornecer informações sobre carreiras para os alunos.

Edital de Pesquisa

Para estimular pesquisas focadas nos anos finais do ensino fundamental, o Ministério da Educação (MEC), em colaboração com a Fundação Itaú, lançará um edital para reconhecer e fortalecer boas práticas no ensino de matemática. O edital, em fase de elaboração, será direcionado a professores, grupos de pesquisa e associações da sociedade civil com iniciativas voltadas para essa temática.


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