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São Paulo,19/09/2024

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Fumaça e Clima Seco Aumentam Casos de Doenças Respiratórias no Brasil

Perigo para a saúde cresce com poluição.

Agência Paparazzzi Brasil
Fumaça e Clima Seco Aumentam Casos de Doenças Respiratórias no Brasil Agência Paparazzzi Brasil

O excesso de fuligem e fumaça no ar, somado ao clima seco que atinge boa parte do Brasil, tem causado mal-estar generalizado, especialmente entre crianças e idosos. Essa situação alarmante foi destacada pela presidente da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT), Margareth Dalcolmo, em uma recente entrevista.

“Nós, especialistas, estamos profundamente preocupados com o impacto direto que a má qualidade do ar está causando no sistema respiratório, particularmente nos mais vulneráveis, como crianças e idosos”, afirmou Margareth. Ela alerta que a poluição está gerando uma série de problemas respiratórios, como rinites, asma, bronquite aguda e outras alergias.

Substâncias nocivas e agravamento das doenças

Segundo a especialista, a avaliação precisa do dano causado pela poluição é complicada devido à variedade de substâncias prejudiciais presentes no ar. “A poluição, combinada com a seca extrema e a baixa umidade, está carregada de partículas e gases altamente tóxicos, o que torna difícil determinar se os danos serão permanentes ou temporários”, explicou a pneumologista.

Entre os poluentes, destaca-se a fumaça liberada pelos incêndios florestais, que contém monóxido de carbono, dióxido de enxofre e compostos orgânicos voláteis. “Esses poluentes agravam doenças respiratórias e, em casos de asmáticos ou pessoas com enfisema pulmonar, podem ser fatais”, alertou Margareth.

A situação em São Paulo

Em São Paulo, uma das cidades mais afetadas, já foram registrados níveis alarmantes de poluição atmosférica. "Os índices de poluentes são superiores aos encontrados em Cubatão, conhecida pelo histórico de alta poluição industrial. Estamos ultrapassando 300 microgramas de poluentes, quando o recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) é não passar de 45 microgramas, em apenas três a quatro dias por ano", informou a especialista.

Cuidados e orientações

Apesar da gravidade da situação, existem medidas preventivas que podem minimizar os efeitos da má qualidade do ar. A recomendação principal é permanecer em casa o máximo possível, evitando a exposição ao ambiente externo. Também é importante manter os ambientes ventilados com cautela, para evitar que a poluição do lado de fora invada os espaços internos. Hidratação é fundamental: "As pessoas devem dobrar a quantidade de água consumida diariamente", destacou Margareth.

O Ministério da Saúde está se mobilizando para atualizar as diretrizes e recomendações à população sobre os cuidados necessários diante da baixa qualidade do ar. A SBPT foi convidada a participar da formulação dessas medidas em uma reunião com autoridades do ministério e especialistas, prevista para os próximos dias.

Impacto no sistema de saúde

Margareth também alertou para o impacto no sistema de saúde, que já está sobrecarregado devido ao aumento de internações e atendimentos de emergência por doenças respiratórias. “Nossas emergências e clínicas da família estão enfrentando limitações em sua capacidade de atendimento por conta da alta demanda”, afirmou.

Ela orienta que, ao primeiro sinal de desconforto respiratório, especialmente entre pessoas com condições preexistentes, é importante buscar ajuda médica. “As pessoas com doenças respiratórias crônicas devem ajustar suas medicações e, se necessário, aumentar as doses conforme orientação médica. Crianças e idosos devem ser monitorados de perto e, em casos de agravamento, procurar imediatamente um serviço de saúde”, concluiu.

Uso de máscaras

Embora o uso de máscaras tenha sido amplamente recomendado durante a pandemia, Margareth aponta que, para a proteção contra poluentes, máscaras cirúrgicas ou de tecido têm eficácia limitada. “Máscaras adequadas para filtrar partículas finas são caras e nem sempre acessíveis. As máscaras comuns oferecem proteção muito limitada, especialmente em ambientes com alta concentração de poluentes”, explicou.


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