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São Paulo,19/09/2024

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O Valor das Experiências Práticas no Ensino de Ciências

Por que experiências simples não garantem aprendizado profundo.

Agência Paparazzzi Brasil
O Valor das Experiências Práticas no Ensino de Ciências Agência Paparazzzi Brasil


Neste artigo, o professor Jonathan Firth, da Universidade de Strathclyde, explora a importância das experiências práticas na aprendizagem. Ele argumenta que, para que os alunos desenvolvam um conhecimento profundo e aplicável de ciências, é crucial adotar estratégias que vão além de experiências simples e pontuais, como lamber um picolé.

Recentemente, um grupo de cientistas, incluindo membros da Royal Society of Chemistry, sugeriu que atividades como lamber um picolé poderiam ser incluídas no currículo escolar para ensinar conceitos de química e física. A ideia é que, ao observar o derretimento do picolé, as crianças aprenderiam sobre esses processos de maneira mais eficaz. No entanto, Firth questiona se tais experiências realmente contribuem para um entendimento mais profundo das ciências.

Históricamente, o conceito de aprender por vivências remonta ao trabalho do educador John Dewey no início do século XX. Dewey argumentava que a aprendizagem mecânica resultava em "conhecimento inerte", ou seja, informações que os alunos não conseguiam aplicar no mundo real. Embora experiências como chupar um picolé possam criar memórias episódicas, elas não garantem uma compreensão científica robusta.

A memória episódica, que se refere a lembranças de eventos específicos, é diferente da memória semântica, que envolve a compreensão e aplicação de conceitos. A aprendizagem científica eficaz exige mais do que apenas experiências pontuais; ela requer um entendimento abrangente dos conceitos e sua aplicação em diferentes contextos.

Entender a ciência envolve mais do que lembrar eventos isolados. É crucial que os alunos desenvolvam conhecimento prévio e revisitem ideias frequentemente para construir uma compreensão sólida. Apenas observar um picolé derretendo não é suficiente para compreender os princípios científicos envolvidos; é necessário um contexto mais amplo e contínuo para evitar concepções errôneas.

Além disso, há evidências de que o aprendizado é mais eficaz quando os alunos estão pessoalmente envolvidos e motivados. Estudos mostram que podemos reter melhor informações quando temos um interesse pessoal nelas. No entanto, essas memórias podem ser efêmeras e não devem ser a base única para o aprendizado de ciências.

Em resumo, para que os alunos adquiram um conhecimento científico aplicável e duradouro, é essencial focar em estratégias que promovam uma compreensão profunda dos conceitos, em vez de confiar apenas em experiências isoladas. Além disso, a praticidade de implementar tais experiências em sala de aula deve ser considerada.


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